Mare of Easttown – episódio 07 com spoilers 

Não há final feliz

Aviso:Este artigo contém spoilers do episódio 7 de Mare of Easttown , “Sacrament.”

Não há final feliz no final da minissérie da HBO, Mare of Easttown , mas acho que nenhum de nós realmente esperava um. Mare não é esse tipo de série; você tem sorte se um personagem abrir um sorriso ao longo do episódio. No entanto, isso nos fornece um fechamento na investigação do assassinato e uma sensação de esperança para o futuro, especialmente para Mare, que não apenas resolve o caso, mas finalmente se permite seguir em frente.

Quando o episódio da semana passada terminou com o gancho da foto, eu esperava pelo menos mais uma reviravolta na história – eu não esperava duas! A série nos leva a alguns desvios antes de nos atingir com uma revelação chocante, que faz sentido, em retrospectiva, e traz uma conclusão satisfatória para a série. Eu tenho que ser honesto, eu estava temendo que o Richard fosse revelado como o assassino e estava pronto para soltar um gemido todo-poderoso, já que ele estava tão desconectado do caso. Felizmente, não foi esse o caso.

O começo do episódio

O episódio começa confirmando o que eu havia teorizado no episódio passado: a foto que Jess encontrou no diário de Erin mostra Erin na cama com John. Enquanto isso, John pensa em matar seu irmão Billy no lago, para garantir que seu segredo permaneça enterrado.

Billy até parece aceitar de má vontade seu destino, afirmando que John tem mais pelo que viver do que ele. Mas antes que John possa continuar com isso, Mare surge da floresta, assustando John e levando-o a apontar a arma para si mesmo, sabendo que a verdade sobre seus crimes está prestes a ser revelada.

John não atira em si mesmo, porém, como Billy luta com ele no chão, e com a ajuda de Mare, John é preso e levado para a delegacia, onde ele explica sua versão do que aconteceu. 

John Confessa

Ele confessa ter um caso com Erin e ser o verdadeiro pai do bebê DJ*. O “relacionamento” começou na reunião da família Lake Harmony, quando o casal ficou acordado a noite toda conversando depois que todos os outros saíram.

John tenta fingir que ele e Erin tem uma conexão real, ignorando totalmente que ele estava fazendo sexo com um parente menor de idade.

Também é explicado que Dylan queimou os diários exatamente por esse motivo. Ele queria que seus pais ficassem com a custódia de DJ e não quem fosse o verdadeiro pai, o que ele achava que poderia ser revelado nos diários de Erin.

Ele também apoia o assassinato, alegando que Erin ligou para ele em um telefone descartável na noite da festa de noivado de Frank. Ela ameaçou ir a público sobre o caso se ele não a encontrasse no parque. 

John encontra Erim

Quando John chegou lá, Erin estava histérica, exigindo que ele pagasse a cirurgia de orelha de DJ e ameaçando se matar. Uma briga se seguiu quando John tentou pegar a arma e, no caos, Erin foi baleada.

Vendo o sangue e sem saber o que fazer, John atirou no rosto de Erin e depois descartou a arma antes de voltar para a festa para levar Frank para casa.

Tudo parece claro quando John é acusado e levado ao tribunal por sua acusação, onde ele implora a Lori para aceitar DJ e criá-lo como seu próprio. Além da tensão entre Lori e Mare (porque a primeira sabe o que aconteceu e mentiu sobre isso), parece que todos estão prontos para seguir em frente.

 Os Sheehan obtêm a custódia de Drew depois que Carrie começa a se drogar novamente e voluntariamente entrega a guarda. Frank e Faye se casam. Siobhan aceita seu lugar em Berkley. E Mare termina as coisas em termos esperançosos com Richard enquanto ele se dirige para ensinar em uma nova faculdade.

John Culpado?

No entanto, algo está incomodando Mare sobre a confissão de John, particularmente o que ele tinha a dizer sobre a arma do crime. O relatório de balística determinou que a arma usada para matar Erin era um revólver Colt Detective Special.

Mas não foi assim que John descreveu a arma, além de dizer que Erin tinha a arma. As suspeitas de Mare são acionadas ainda mais quando ela esbarra na mulher com quem John alegou estar tendo um caso.

A mulher nega categoricamente, afirmando que cortou as coisas com John anos atrás e tem sido fiel ao marido desde então.

Tudo fica claro quando o Sr. Carroll chama Mare para relatar um roubo. Ele diz a ela que os itens estão desaparecendo da casa. Um desses itens era uma arma. Ele ouviu um barulho no galpão uma noite e, quando desceu para verificar, sua arma havia desaparecido.

 Mas quando ele voltou para olhar no dia seguinte, estava de volta. Mare rotineiramente toma notas no que inicialmente parece ser um caso de velhice e memória vacilante. Mas o clima muda rapidamente quando Mare pede ao Sr. Carroll para descrever a arma: “um revólver Colt Detective Special”.

Mare pergunta ao Sr. Carroll quem mais tem acesso ao galpão além dele, e há apenas uma outra pessoa, o garoto que corta a grama. Quem é aquele garoto? Ryan Ross, filho de 13 anos de Lori e John. Com a verdade doentia começando a surgir, Mare entra em ação e verifica as câmeras de segurança do Sr. Carroll, as mesmas que capturaram o infame “ladrão” no início da temporada. Ela volta para a noite do assassinato de Erin e, vejam só, um garoto com o capuz levantado é pego entrando e saindo do galpão.

Mare persegue o culpado

O que se segue é uma das cenas de perseguição mais emocionantes de todos os tempos. Mare chega à escola de Ryan para falar com ele e, ao vê-la, ele pula a cerca do parquinho e corre todo o caminho para casa. “É Mare, ela sabe,” Ryan chora para sua mãe enquanto Mare e a polícia local invadem a casa dos Ross.

Mare entra na sala sozinha, sabendo que o que ela está prestes a fazer vai destruir a família Ross. Ryan é trazido para a delegacia e finalmente ouvimos a verdade sobre o que aconteceu na noite do assassinato de Erin.

Na mente de Ryan, tudo o que ele queria era manter sua família unida. Ele descobriu sobre o caso de seu pai com Erin e o confrontou sobre isso. John havia prometido acabar com isso, e Ryan estava bem em manter isso em segredo se isso significasse manter seus pais juntos.

 Afinal, eles já haviam passado por isso antes com o primeiro caso quando John e Lori se separaram por um curto período. Ryan não ia deixar isso acontecer de novo, e quando ele percebeu que Erin ainda estava mandando mensagens para seu pai na noite da festa de noivado de Frank, ele decidiu dar um fim a isso. Ele foi de bicicleta até a casa do Sr. Carroll, roubou a arma e foi encontrar Erin no parque.

Ryan nunca teve a intenção de matar Erin. Ele só queria assustá-la para que ela deixasse sua família em paz. No entanto, Erin tentou pegar a arma, e os dois acabaram em uma briga. Quando Ryan se libertou, ele puxou o gatilho, matando-a. 

Quase instintivamente, ele voltou para a casa do Sr. Carroll para devolver a arma e depois ligou para o pai para contar o que aconteceu. John e Billy foram buscar o corpo de Erin e a levaram para a floresta esperando que um dos adolescentes da festa na floresta fosse culpado. É por isso que Billy estava coberto de sangue; esse é o segredo que a família Ross tem mantido e por que John assumiu a culpa pelo assassinato.

Um choque final

É um desenvolvimento chocante – mesmo se eu tivesse visto alguns fãs postando a teoria do envolvimento de Ryan. Eu estava muito focado em John para notar seu filho adolescente! Mas faz sentido em retrospectiva. Ryan havia mostrado interesse no caso, perguntando anteriormente sobre Erin durante as reportagens da TV no início da temporada. E sua raiva quando ele atacou o valentão da escola era obviamente mais do que encobrir o caso de seu pai.

Também faz mais sentido porque Lori mentiria para Mare, não para proteger John, mas pelo bem de seu filho. É o tipo de reviravolta que é surpreendente, mas ainda fundamentada na realidade da série.

Consequências

As consequências, no entanto, são brutais nos relacionamentos e amizades dentro de Easttown. No calor do momento, Lori fica furiosa com Mare. John já havia sido acusado do assassinato, então por que Mare não podia deixar por isso mesmo? Por que ela teve que levar Ryan? “Meu Ryan?!” Lori grita. 

É difícil para Lori ver que Mare estava apenas fazendo seu trabalho. Ela vê isso como uma traição de sua melhor amiga. Sua família inteira foi dilacerada, e Mare é a mais fácil de culpar, mesmo que toda essa bagunça tenha começado por causa do que John fez.

O tempo cura

no entanto, ou, se não, pelo menos ajuda as coisas a se tornarem mais fáceis de lidar. Mare explica isso quando o recém-viúvo Sr. Carroll pergunta a ela se alguma vez fica mais fácil. “Não”, diz Mare, “mas depois de um tempo, você aprende a conviver com o inaceitável. Você ainda tem que se levantar, pagar as contas, lavar os lençóis. Você meio que encontra uma maneira de viver com isso.”

Para esta série, essa é a perspectiva mais positiva que jamais teremos. E esse sentimento é exemplificado oito meses depois, quando Mare decide visitar Lori para esclarecer as coisas. Muito poucas palavras são ditas. Em vez disso, Lori desmorona nos braços de Mare em um abraço que diz que mais do que um monólogo de 10 páginas jamais poderia.

Perdão, dor e cura

Enquanto Lori lida com sua dor, Mare também lida com a morte de seu filho. No início do episódio, Helen se emociona ao falar sobre os tempos difíceis de lidar com seu falecido marido e como ela descontava as coisas em Mare quando criança. Mare perdoa sua mãe, e é isso que Helen quer para sua própria filha, que se perdoe pelo que aconteceu com Kevin. Nos momentos finais do episódio, Mare finalmente sobe a escada para o sótão onde seu filho se suicidou. É um passo literal e figurativo no processo de cura e uma maneira perfeita de terminar o que tem sido uma temporada sombria, mas fantástica de uma série de televisão.