The Witcher Netflix temporada 1 

Quando a Netflix anunciou que adaptaria os livros de The Witcher e os transformaria em uma série de fantasia com o mesmo nome, permaneci cautelosamente otimista de que os gigantes do streaming poderiam fazer o impensável e reacender a alegria dos fãs do jogo. De certa forma, entrega uma satisfatória e bem escrita série de fantasia, com magia, monstros e luta de espadas suficientes incluídos para manter as coisas enraizadas em perigo e tensão. 

Embora seja improvável destronar algumas das melhores séries de fantasia que estão no topo do pedestal agora, a primeira temporada faz o suficiente para intrigar e manter as coisas interessantes para a segunda temporada já com luz verde para ser feita.

Geralt de Rívia

Para quem não sabe, a história gira em torno de um caçador de monstros chamado Geralt de Rívia. Desprezados e humilhados pela humanidade, esses bruxos de cabelos brancos e sem emoção passam seu tempo caçando criaturas e sendo pagos para isso.

O primeiro episódio realmente atua como um cenário, apresentando nosso elenco principal de personagens e dividindo o tempo de tela entre Ciri, uma princesa em uma cidade vizinha à beira da guerra, com Geralt, pois ele recebe uma nova recompensa.

O segundo episódio apresenta Yennefer, uma maga em treinamento que se depara com seus poderes por acidente. A partir daqui essas três histórias correm paralelas umas às outras, durante grande parte da primeira temporada, ao mesmo tempo em que introduzem conceitos-chave dos livros e jogos.

Embora haja um enredo abrangente que mantém tudo ligado, cada episódio opera com um monstro e um enredo diferentes para Geralt enfrentar até os 2 episódios finais, onde tudo se encaixa. 

Dessa forma, a série recebe referências do material original, introduzindo uma combinação de trabalho investigativo e matança de monstros. Isso está relacionado à fuga de Ciri e à jornada subsequente para encontrar Geralt, enquanto Yennefer passa por um treinamento rigoroso para se tornar uma maga poderosa, com seu destino entrelaçado com Geralt durante a segunda metade da série. 

Tudo isso se acumula para um final climático e uma sequência de luta bastante épica que deixa as coisas na balança.

Dado que não estou completamente informado sobre os livros, não posso dizer o quão preciso isso é para o material de origem, mas os elementos de fantasia são brilhantemente trabalhados no enredo e os personagens desempenham seus papéis perfeitamente. 

Henry Cavill está sublime em The Witcher interpretendo Geralt Of Rivia, enquanto Anna Shaffer também se encaixa no papel de Triss Merigold. O resto do elenco também se sai bem, embora para mim, o bardo brincalhão Jaskier injeta um pouco de humor demais em situações que nem sempre atingem o tom certo. Dado o quão sombrios alguns dos segmentos estão aqui, ver esses momentos de palhaçada e cômicos me pareceu um pouco estranho. 

Felizmente, quando Yennefer e Geralt compartilham a tela, sua química é suficiente para parecer que passou do tempo.

Trilha e Figurino

Inspirando-se na fantástica trilha sonora do jogo, The Witcher reintroduz essas influências eslavas e nórdicas em algumas ótimas partituras instrumentais. 

As cenas de batalha são intensificadas por causa disso, e alguns dos momentos sombrios são bem acompanhados por faixas musicais bem adequadas também, isso para não falar do tema principal discreto da série, que é simples, mas eficaz. 

Claro, o figurino e o design geral de produção são de primeira qualidade, usando cada centímetro quadrado da cena para pintar um belo retrato deste mundo.

O hype provavelmente será o pior inimigo de The Witcher e estou lutando para ver como isso matará esse gigante daqui para frente. Aqueles que esperam o próximo Game Of Thrones ficarão desapontados. 

Esta é uma série de fantasia que marcha ao ritmo de seu próprio tambor e o faz de maneira consistente. É um esforço sólido e agradável que estabelece as bases para uma segunda temporada sem fazer nada particularmente inovador ou único para esse gênero, como fez Game Of Thrones. A adaptação é boa e absolutamente vale a pena assistir.