Alquimia das Almas – 1ª Temporada

Um Dorama de Fantasia que Encanta e Frustra na Mesma Medida

Uma fantasia coreana diferente de tudo que você já viu

Se você acha que dorama coreano é só romance açucarado, Alquimia das Almas chega para mudar sua ideia. A série da tvN, distribuída mundialmente pela Netflix, mistura magia, mitologia original, lutas épicas, romance e até intrigas políticas — tudo num universo novo e envolvente.

O cenário é o reino fictício de Daeho, que nem aparece nos mapas. Um lugar onde magia é levada a sério, com jovens magos divididos entre quatro grandes casas e uma estrutura social com raízes profundas no sobrenatural. Só isso já basta para chamar atenção, mas a trama central vai além: envolve uma alma trocada, segredos familiares e um feitiço proibido conhecido como… Alquimia das Almas.

Enredo com potencial — e suas falhas

A história gira em torno de Mu-Deok, uma criada de aparência simples, mas que na verdade abriga a alma da lendária assassina Naksu. Ao lado dela está Jang-Uk, um nobre com um passado sombrio e um grande segredo que o liga diretamente ao feitiço do título. Juntos, eles formam uma dupla cheia de química, que navega entre romance contido, treinamento mágico e tensão emocional.

O romance, aliás, é uma das melhores partes da série. Ele é construído aos poucos, com olhares, dilemas e cumplicidade — um prato cheio pra quem curte relações com profundidade e drama contido. Mas a série também não deixa de lado outros personagens, como o Príncipe Go Won, o sarcástico Dang-Gu e o melancólico Seo-Yul, que compõem um elenco carismático e variado.

Só que… nem tudo funciona tão bem assim.

Narrativa lenta e com tropeços

Por mais rica que seja a ambientação, o ritmo da série é bem arrastado em boa parte dos episódios. Há longos trechos em que pouca coisa acontece, e a trama parece dar voltas até decidir seguir em frente. É o tipo de série que exige atenção constante — e paciência.

E quando finalmente engrena, lá pelos últimos episódios, surgem alguns buracos no roteiro e soluções fáceis demais. O desenvolvimento da personagem Naksu, por exemplo, é promissor, mas decepciona quem esperava vê-la em momentos mais épicos ou com mais tempo de tela.

Há também subtramas políticas e rivalidades entre clãs — como a casa Cheonbugwan e a família Jinyowon — que adicionam complexidade, mas às vezes mais confundem do que enriquecem. São muitos nomes, muitos conflitos, e nem todos bem resolvidos.

Mas… vale a pena assistir?

Olha, mesmo com seus tropeços, Alquimia das Almas tem um charme especial. A estética é belíssima, os figurinos são impecáveis e a fotografia dá um show. As lutas mágicas são bem coreografadas e o universo construído aqui tem potencial para render muitas outras histórias (inclusive já tem a Parte 2 disponível).

Se você curte doramas com toque de fantasia, tramas sobre destino, magia proibida e romance complicado, essa série vai te pegar. Só vá com expectativas ajustadas: não é um épico perfeito, mas é uma jornada que conquista.

Para quem é essa série?

Se você curte:

  • Fantasia com magia e clãs mágicos
  • Relacionamentos com drama, tensão e desenvolvimento emocional
  • Doramas com visual cinematográfico
  • Mundos fictícios com regras próprias

Então sim, Alquimia das Almas pode te conquistar — mesmo que em alguns momentos você deseje que a história ande mais rápido.

Veredito final

Alquimia das Almas começou como uma promessa empolgante e original no mundo dos doramas de fantasia. E apesar de não entregar tudo que poderia, ainda assim merece um lugar na lista de quem gosta de tramas mágicas com romance bem construído e visuais lindíssimos.

Só não espere respostas rápidas nem ação a cada episódio. É uma história que se constrói devagar — às vezes até demais —, mas que deixa sua marca, especialmente graças ao carisma do casal protagonista e ao mundo mágico cuidadosamente criado.

Share this content: